Revista Fenavist – Ano XVIII – N 34 – Abril 2020

Revista Fenavist – Ano XVIII – N 34 – Abril 2020Sinopse: SOMOS ESSENCIAIS

Passamos, talvez, pelo momento mais difícil que a nossa geração enfrentou. Pela frente, não temos o desafio apenas de uma crise econômica, como em 2008. Tampouco o problema afeta apenas um pequeno grupo de países, como ocorreu com o 11 de setembro de 2001. Desta vez temos um combo: saúde e economia. Para piorar, a doença ainda oferece poucas informações. Logo, as decisões estão sendo tomadas “às cegas”. Saber o que é certo ou errado é, praticamente, impossível.
A segurança privada não é uma exceção. Empresas e trabalhadores enfrentam todas as consequência da pandemia do Covid-19. Ainda não é possível quantificar a extensão do impacto, as perdas. Da mesma forma, não se pode prever o que nos espera quando a tempestade passar. A sociedade estará mudada. As relações interpessoais também. Muitas dessas mudanças, assim como essa nova sociedade que vai surgir, devem influenciar diretamente o nosso segmento.
Vou me dar o “privilégio” de fazer um exercício de futurologia. Se tivesse que apostar em um caminho para a nossa atividade, depositaria as minha fichas na integração. Com as limitações de contato físico que poderão perdurar por mais algum tempo, integrar tecnologia ao serviço do vigilante será fundamental. Precisamos pensar em soluções, por exemplo, para controle de acesso a grandes eventos, como a forma para revistar. No dia a dia dos bancos, como iremos proceder?
De fato e de concreto, o que temos, porém, no momento é o presente. E foi precisamente neste cenário difícil, como o que enfrentamos agora, que fomos reconhecidos. Ao incluir a segurança privada no primeiro decreto que estabeleceu quais eram as atividades essenciais, o governo explicitou a importância do nosso segmento como peça fundamental na garantia da segurança dos brasileiros, ao ser considerado complementar ao da segurança pública.
Nossa importância fica ainda mais evidente pelo fato de sermos os garantidores do funcionamento de outros serviços essenciais, como no caso dos bancos. São as empresas de transporte de valores que garantem o abastecimento dos caixas eletrônicos. A escolta armada assegura que produtos imprescindíveis sejam entregues a farmácias e supermercados.
Diante desse cenário, a Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist) tem atuado perante o governo e os órgãos reguladores e fiscalizadores. A Entidade trabalha por ações para o segmento capazes de assegurar os empregos e a própria sobrevivência das empresas.
Longe de pleitearmos exceções, o que buscamos são condições de continuar exercendo nosso serviço da melhor maneira possível, até porque, os próprios órgãos de segurança pública preveem que, além das ondas provocadas pelo colapso na saúde e na economia, pode se ter uma terceira etapa, o aumento dos casos de violência. Por isso, eles já nos deixaram de sobreaviso, pois contam com nosso apoio.

Vamos ficar firmes. Isso tudo vai passar.

Jeferson Nazário
Presidente da Fenavist

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